quinta-feira, 21 de julho de 2011

Em SP, escola Vê dobrar número de Pilotos-G1 (fonte)

Em SP, escola vê dobrar número de pilotos em formação

Em 2011, passou de 200 para 450 o total de alunos em treinamento.
Aos 24 anos, recém-formado já comanda cargueiro.

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
PILOTOS (Foto: EJ Escola de Aviação/Divulgação)Aeronave na pista, a espera de alunos para instrução
em Jundiaí (Foto: EJ Escola de Aviação/Divulgação)
Se a demanda das companhias aéreas por mais pilotos cresce a cada dia, também cresce a procura de jovens pelas escolas de formação. Na EJ Escola de Aviação Civil, uma das maiores do estado de São Paulo e com duas unidades no interior, o número de inscritos mais do que dobrou nos últimos três meses.
“Normalmente temos 200 pilotos voando em formação na escola. Desde maio, este número saltou de forma impressionante para 450 pilotos em treinamento. Está crescendo a contratação de pilotos em todos os segmentos, não só no transporte de passageiros, mas também na aviação particular, na executiva, na de transporte de cargas, etc”, diz o proprietário da escola, o comandante Josué de Andrade.
Segundo ele, não são só jovens que estão atentos ao crescimento do mercado, que oferece cada vez melhores salários. “Os garotos novos procuram mais, mas está acontecendo também de muitas pessoas com mais de 30 anos virem até nós com o objetivo de aprender a voar, procurando uma outra profissão, tentando se encaixar no mercado novamente na área que gostam ou ganhando melhor”, afirma o piloto.
Em São Paulo, diz, a formação de um piloto comercial não sai por menos de R$ 80 mil, incluindo as aulas técnicas e práticas do curso de piloto privado, que é o iniciante, e o comercial, o exigido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que um piloto possa trabalhar no país.
“Não é uma profissão barata para se formar, sai entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, incluindo simulador, 150 horas de voo e os cursos”, afirma. A habilitação só sai após um período que varia de 8 meses a um ano e meio de treinamento. “Normalmente, após completar o curso de piloto privado, o aluno fica uns três, quatro meses parado, esperando até a Anac expedir a habilitação para que ele possa prosseguir na formação e fazer o curso de piloto comercial”, reclama o professor.

Procurada, a Anac informou que a alta demanda de pedidos fez a agência modificar o prazo para entrega do brevê. No início de 2011, o número de processos sobre habilitação triplicou em relação ao ano passado, chegando a 3 mil por mês. No final de 2010, havia em média 900 processos abertos por mês.

Para não prejudicar os pilotos profissionais que dependem da documentação em dia para trabalhar, a Anac diz que decidiu priorizar a emissão das carteiras de piloto comercial (PC) e de piloto de linha área (PLA)  e que, "infelizmente, as carteiras de piloto privado (PP) chegaram a apresentar atraso de 3 meses". Porém, diz a agência, atualmente o processo está normalizado, com tempo médio de 10 dias para entrega dos brevês  para quem protocola o pedido de maneira digital e de um mês para quem pede fisicamente.


pilotos (Foto: Arquivo Pessoal)Aos 24 anos, Fabio é piloto de cargueiro
(Foto: Arquivo Pessoal)
No comando de um cargueiro
Aos 24 anos, Fabio Liutkevicius já é piloto de Boieng 757, um cargueiro. Ele ingressou na aviação comercial apenas com um pouco mais do que o mínimo de horas exigidas pela Anac para conseguir o brevê de piloto comercial: 156 horas.

“Consegui ingressar na aviação comercial logo depois de concluir o curso e conseguir o brevê. Há uma demanda crescente por pilotos e, assim como eu, outros dois, com pouca experiência, conseguiram uma vaga na seleção da qual participei no final do ano passado”, diz o jovem piloto.

Ao ingressar na empresa, Liutkevicius ficou alguns meses em treinamento na aeronave em simulador antes de começar a voar oficialmente. “Acho que as horas necessárias para começar eu tinha, mas quanto mais experiência prática você obtém, melhor fica, como em outras profissões”, acredita.

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